A grande nova característica dos telefones móveis e notebooks devem ser os projetores Pico. Baseados em avanços da ótica e feixes de laser, esses microprojetores ganharão até o ano que vem um tamanho pequeno o suficiente para caber em um celular slim comum, de acordo com uma reportagem da revista The Economist.
As possibilidades criadas por essa diminuição do tamanho dos projetores. Quem precisa fazer apresentações em muitos lugares diferentes com tipos diversos de projetores, por exemplo, poderá passar a levar seu próprio datashow de bolso para os eventos, evitando problemas de compatibilidade. Outro uso previsto pelos fabricantes é para a navegação na Web via telefone móvel. Em vez de usar apenas a tela de duas ou três polegadas do celular, o consumidor poderá projetar os sites em alguma parede ou mesa.
A Microvision já apresentou um protótipo de seu Pico, do tamanho de um telefone slim e resolução de 848×480 pixels. Ele deve ser conectável a telefones e computadores. Apesar de a resolução parecer baixa, o uso do laser garante que não haverá perda de qualidade ou foco, mesmo em superfícies acidentadas (veja aqui uma animação mostrando como ele funciona). Outras empresas trabalham em modelos com resolução ainda maior. Por enquanto, o desafio é diminuir o consumo de energia, especialmente para a integração como hardware de celulares e notebooks.
Os microprojetores também prometem facilitar a vida de quem gosta de assistir a vídeos no computador. No futuro, talvez esse sistema de projeção venha a substituir as televisões de plasma e LCD (e de tubo, então, nem se fala). Aliando essa tecnologia a redes sem fio, poderemos ter verdadeiros home-theaters portáteis. Artistas plásticos, performers e vídeo-artistas provavelmente serão fãs de primeira hora dos Pico-projectors.
Marcelo Träsel
TV + Internet 